Winx quando damos nossas mãos nos tornamos poderosas, porque juntas somos in-ven-cí-veis!
Para aqueles que cresceram no final da década de 1990 e ínicio dos anos 2000, O Clube das Winx fez parte de sua infância. A série foi exibida aqui no Brasil pela Cartoon Network, Nickelondeon, SBT, TV Cultura, Discovery Kids e agora está na Netflix. Basicamente todas as gerações desde o lançamento da animação pode acompanhar a série.
E com isso, a série ganhou e ainda ganha muitos fãs. Não tem uma pessoa que ao menos não saiba cantar a música de abertura, mesmo que sequer tenha visto o desenho. O sucesso é tanto que houve muitas expectativas quando a Netflix anunciou que haveria uma série em live-action baseada na animação, intítulada Fate: A Saga Winx.
Polêmicas
A série foi alvo de polêmicas já em sua produção quando foi acusada de embranquecer suas personagens. Na animação original, há duas personagens de outras etinias. Musa, que tem traços asiáticos e Flora, que tem traços latino-americana. As duas personagens estão sendo interpretadas por atrizes brancas o que gerou bastante descontentamento por parte dos fãs que usaram as redes sociais para expressar isso.
E esse descontentamento é bem justificável, principalmente quando substituem por pessoas brancas, personagens que são de cor.
Mudanças
É completamente natural que haja mudanças quando há adaptações e mudanças de formatos de uma obra. Enquanto O Clube das Winx é muito colorido, cômico e leve, Fate: a Saga Winx tem uma pegada muito mais dark, com cenários mais cinzas, Alfea quase sempre com ares nubaldos e bastante suspenses (e alguns jump scare).
Com essas alterações no estilo da história, as personalidades das Winx também mudaram. E essas mudanças veio para deixar a história mais próximo da gente. Brian, o criador da série explicou ao The Guardian o porque destas mudanças, e chegou a falar que as alterações é para que nos apaixonemos pelas personagens porque elas são mais “reais”.
Bem, de qualquer forma, essas mudanças me agradaram muito. As personagens aqui faz jus a propósta apresentada e tem mesmo um ar muito maduro, tanto quanto alunos de 16 anos são capazes de ser.
NETFLIX REVELA MAIS INFORMAÇÕES DE FATE: A WINX SAGA
As personagens
O mistério envolvendo a Bloom (Abigail Cowen) e suas origens consegue se entrelaçar de forma convicente em volta dos outros personagens e não é só uma coisa forçada que em que todos são jogados para resolver.
A única coisa que me chateou entre essas mudanças foi a Stella (Hannah Van Der Westhuysen). Na animação, ela é muito alegre, leal e ferozmente protetora, além de sempre tentar manter o clima e as situações sempre leves. Em Fate: A Saga Winx, nos primeiros epiódios, Stella foi relegada a ser “antagonista” da Bloom. Bem naquele clichê que já conhecemos.

O que confesso, achei muito chato e efadonho. Em 2021, com pautas sobre feminismo, empatia e menos rivalidades femininas, sinto que ficou ultrapassado esse reforço de esteriótipos, e que já passou da hora de virar a página para esses tipos de conflitos.
Ao decorrer da série descobrimos alguns motivos que causam o comportamento da Stella, mas digo que esses problemas explicados, não justificam ela ser uma babaca. No fim, é só uma escolha ruim no desenvolvimento do roteiro da personagem. Poderiam ter escolhido fazer melhor e diferente.
Outra personagem que sofreu com mudanças foi Terra (Eliot Salt), que é a personagem que na animação é a Flora. Para não ficar muito ruim, o fato de apagarem a etinia das personagens (não que isso mude alguma coisa, erraram e ponto.) Terra é a personagem que ocupa o espaço na representação das mulheres gordas. A personagem traz debates sobre gordofobia, bullyng e inseguranças.
O que me deixou feliz é que não resumiram a personagem somente a isso, já que Hollywood tem o péssimo hábito de colocar pessoas que saem do “comúm e padrão” apenas para discutir os assuntos de suas categorias e nada mais. Aqui Terra tem outros papeis fundamentais, e não se resume em ser a personagem gorda.
Triangulos e Plot Twist
Fate: A Saga Winx também apresenta o bom e velho triangulo amoroso entre Stella, Sky (Danny Griffin) e Bloom. Confesso que não gostei desse clichê, e achei que a história seguiria muito melhor sem. O que vejo deste triângulo é apenas mais um refoço das rivalidades femininas entre Stella e Bloom e foi bem desnecessário.
Mas o que valeu e salvou completamente foi a season finale. O episódio seis trouxe muitas surpresas! O plot twist foi muito surpreendente e esse final está entre os melhores de séries que já assisti.
Por fim, Fate: A Saga Winx abriu muito bem meu ano de 2021, e já está entre as queridinhas que vamos maratonar muitas e muitas vezes. Aguardando ansiosíssima para uma renovação, pois o final deixou e abriu muitas pontas e claro, queremos respostas.
Fate: A Saga Winx estreiou hoje 22 de janeiro na plataforma da Netflix, e foi uma boa surpresa os resultados. Mesmo com todas as mudanças.